MINICURSOS

Minicurso 1

Hierarquias e poderes: práticas de ascensão social no Brasil colonial 
Estevam Machado (Mestrando UFPE – FADIMAB)

As sociedades de Antigo Regime se caracterizam pela diferenciação entre os diversos elementos que compunham o seu corpo social. No ultramar português essa visão de sociedade escalonada em ordens ou estamentos se adequou ao regime social da escravidão. A existência de grandes domínios de terra e de escravos em grande quantidade, assim como de mestiços dentro dos quadros de clientelagem, fizeram com que os princípios portugueses de organização social fossem reorganizados nessa nova situação. Conforme Schwartz a sociedade brasileira não foi exclusivamente criação do escravismo, mas uma fusão dele com a grande lavoura e os princípios sociais provenientes da Europa, que produziram segregações e abriram margens de negociações. Diferentemente da América espanhola, na América portuguesa eram poucos os nobres titulados (condes, duques, marqueses, barões viscondes...) que circulavam nos espaços colonias. Geralmente, essa nobreza vinha atuar nos cargos da governança e seguiam viagem ao término de seus mandatos. Com o difícil acesso dos locais às honras tituladas, a nobilitação no espaço colonial se dava de diversas maneiras, como no acesso aos honrosos cargos da república; nos postos da administração local; no comando das milícias; nos cargos da burocracia régia; nas confrarias e irmandades religiosas; na Santa Casa de Misericórdia; nos hábitos das Ordens Militares e nas funções de Familiares do Santo Ofício; além, é claro, da autodenominação das elites rurais enquanto nobreza da terra. Através de seus serviços, das redes parentais e clientelares e de seus cabedais, os coloniais buscavam o acesso à estas instituições como uma maneira de adentrar no rol dos nobilitados, ganhando reputação pública. Esse minicurso pretende, portanto, entender como se davam essas práticas de ascensão social relacionando-as com aquelas instituições promotoras de nobilitação.

Minicurso 2

Uma escrita alforriada 
Jussara Rocha Kouryh (Mestranda Ciências das Religiões UNICAP/ Editora Bagaço)

A Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, “estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena". Porém, que história? Que cultura? Eis o ponto de partida para discutirmos a construção da escrita da nossa história oficial, o processo formativo de nossos profissionais na área da educação, seu reflexo nas salas de aula e as atuais exigências legais.

Minicurso 3

Os jornais como fonte histórica: aspectos teóricos e metodológicos
Benvinda Teixeira (mestranda UFRPE) e Mirella Ferreira (mestranda UFRPE)

O minicurso pretende abordar a utilização dos periódicos jornalísticos na pesquisa histórica. Para tanto, contemplaremos as discussões teóricas sobre a utilização dos jornais como fonte primária e secundária, bem como as diferentes possibilidades metodológicas da sua análise no campo da História. O nosso estudo enfocará esta produção documental entre os séculos XIX e XX.


Nenhum comentário:

Postar um comentário